
LOROTA
Anunciada como a solução para desafogar o trânsito horroroso da principal via que liga Porto Velho ao Mato Grosso, a duplicação da BR-364 – com leilão previsto para dia 27 agora – está longe de ser o que realmente a população do nosso estado espera.
ENGODO
Primeiro que falar em duplicação é uma mentira desvalada. Até porque quando surgiram as discussões sobre a privatização da via, o censo comum era de que haveria pista dupla entre Porto Velho e Vilhena. Não é nada disso.
FATO
A concessão da BR-364 em Rondônia prevê a duplicação de apenas 107,57 km da rodovia. Menos de 20 por cento da extensão total da pista.

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Como não teria havido audiência pública para discutir os termos do contrato e o que realmente precisa ser feito para atender a população, ninguém tem ideia de onde saiu o projeto para tal privatização.
SEM RUMO
Se formos analisar tomando por uma base outras obras em Rondônia, que costumam ser um poço sem fundo de gasto público, essa poderá ser mais uma obra de começo, começo, começo e começo.
IMPORTÂNCIA
É indiscutível a importância da via. A BR-364, é responsável pelo escoamento das safras de grãos (soja, milho, café) e de carne bovina pelo Rio Madeira para outros estados e ao exterior.

OUTRO EXTREMO
Pelo lado negativo, a 364 tem um trecho chamado de “Corredor da Morte”, devido ao elevado índice de acidentes, a maioria com óbitos.

DEDUÇÃO
No leilão marcado para quinta-feira ( 27), o conhecimento que se tem é que a licitação foi decidida por membros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o lote Agro Norte, que liga Porto Velho a Vilhena com 687 quilômetros.
“DISCRETO”
Volto a insistir que tudo parece muito meio que às escondidas, já que entidades sociais, ambientais, associações, sociedade organizada, ninguém foi ouvido.
IMPOSIÇÃO
Não teriam ocorrido discussões sobre a viabilidade da terceirização e da cobrança de pedágio antes mesmo da obra de restauração e adequação ser realizada.
PRAZO
A previsão de conclusão da obra é de seis anos. Segundo especialistas, a duplicação ocorrerá em 108 km, e 190 km de pavimentação e de terceiras faixas em pistas simples.
PRAZO 2
O contrato de concessão, com duração de 30 anos, prevê investimentos totais de R$ 10,4 bilhões, sendo R$ 6,5 bilhões destinados a obras estruturantes, como a duplicação de 107 quilômetros, a construção de 190 quilômetros de terceiras faixas e 34 acessos a outras rodovias e municípios.
PEDÁGIO
Além disso, serão construídos 18 quilômetros de marginais e sete praças de pedágio. A taxa de retorno fixada para o contrato é de 11,17% ao ano, e o leilão será realizado na modalidade de menor preço para o pedágio.
VALORES
O valor de referência do pedágio foi estabelecido em R$ 0,19 por quilômetro rodado em pista simples e R$ 0,24 em pista dupla.
VALORES 2
As tarifas variam conforme a praça de pedágio, com a menor cobrança sendo R$ 9,31 em Pimenta Bueno e a maior, R$ 33,74, em Cujubim.
VALORES 3
Em uma viagem de ida de Vilhena a Porto Velho, um carro de passeio pagaria, em média, R$ 133,00, enquanto uma carreta bi-trem teria um custo aproximado de R$ 1.000,00.
“AVALISTA”
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi responsável pela modelagem financeira do leilão e chegou a divulgar uma carta de apoio à concessão, oferecendo linha de crédito especial para os investidores.
IMPEDIMENTO
O Conselho Regional de Engenharia de Rondônia (CREA-RO) solicitou o cancelamento do processo. Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União ainda não se manifestaram sobre o pedido.
RECLAMES
Lideranças políticas e empresariais, já se manifestaram publicamente sobre o valor do pedágio e a necessidade de antecipação das obras de duplicação.
DINÂMICA
Segundo técnicos do Ministério dos Transportes, a margem para negociações com a empresa vencedora será limitada, uma vez que o cronograma e o contrato precisarão ser rigorosamente cumpridos.
PRA DEPOIS
Ao que se sabe, questões como a antecipação de obras e a revisão das tarifas de pedágio poderão ser discutidas após a definição do vencedor.
OPINIÃO
O leilão da BR-364 é fundamental para a infraestrutura rodoviária do país, com potencial para melhorar a logística e conectividade na região.
OPINIÃO 2
É claro que vão acontecer impactos significativos na economia local e nacional, mas pelo tamanho e custo da obra, também é fundamental transparência nas ações, o que parece ainda não estar ocorrendo.
OPINIÃO 3
Importante dizer também, que a duplicação de apenas 107 km, não é insuficiente para atender o fluxo de 1,1 milhão de veículos que utilizam a rodovia.
CARRO ZERO
O advogado e comentarista da Rema TV, Samuel Costa, anunciou em suas redes sociais, que vai dar um carro zero para quem apresentar uma única obra começada e concluída, em Rondônia, pelo governo de Jair Bolsonaro.
FRASE
“ Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível. “