4º Amigo:
DANIEL STWART
11006 NE 68TH ST
KIRKLAND WA USA
– ¡Vaya Semana! – Diriam os espanhóis: Um tsunami político abala a América, gerando uma onda sísmica sentida em todo o nosso mundo civilizado. Nem a expectativa do “desfile planetário” – um fenômeno celeste que vem ocorrendo em nossos dias – tem atraído tantos curiosos e expectadores quanto a “inauguração” do governo republicano nos Estados Unidos da América. No mesmo dia em que se celebra Martin Luther King – aquele que disse: “I have a dream” na luta contra a segregação racial na América – Donald Trump afirma que o Estado deve ser “cego” – que não veja a cor da pele e diferenças raciais – e que o seu governo vai incentivar a meritocracia para o povo americano. E viva a Liberdade!
E quanto à Carta do Amigo, não seria a 3ª na ordem de chegada Geh Latinus? -Oh! Que bom… você notou! Eu já ia contar: – Tanta turbulência vindo do Norte, talvez pelo Efeito Curiolis… mas, não! não foi só isso. É que, ao ver a carta de Daniel Stwart, me dei conta de que ele, que é britânico, estava num glamping em Kirkland, próximo a Seattle nos Estados Unidos e voltando para Londres teria feito uma parada inopinada em Washington DC exatamente no dia em que todo o mundo voltava sua atenção para o Capitólio. Semana que vem a gente retorna como o amigo #3.
Por casualidade (ou causalidade?), notei uma inferência dos fatos em curso com informações que Daniel me havia passado anteriormente, e que algo seria questionável em nosso colóquio:
– O rapaz afirmava que, viajando pelos Estados Unidos e Canadá, encontrou uma jovem que levava à mão um lindo anel de diamantes, muito raro, muito caro – e que, aquele diamante teria sido produzido com as cinzas de sua mãe que fora cremada após sua morte súbita. Questionável? Sim! É possível que se possa transformar cinzas do corpo de uma pessoa em uma joia de diamantes que se exibe como um trunfo da vida, ou amuleto? Quiçá um souvenir de família?
– Daniel dizia também que a jovem senhora afirmava ser descendente de um dos pais peregrinos que fora morto num front de batalha na Guerra dos Cem Anos no dia 12 de outubro de 1582. Para quem tem obsessão por História, consultemos os Anais do Tempo e os calendários da humanidade. Vejo aqui um quê de anacronismo – o que o Google me define, não sei o porquê – em italiano: “Errore in cui si cade attribuendo certi fatti ad un’epoca diversa da quella in cui sono avvenuti”. Ou seja, o fato ou relato histórico que se marca em data erroneamente diferente da que as coisas realmente aconteceram – um erro cronológico! ou um ato intencional?
Vamos direto ao ponto: – o dia 12 de outubro de 1582 nunca existiu, pois a Europa, por decreto do Papa Gregório XIII, cortou 10 dias da História Universal ao substituir o Calendário Juliano pelo Calendário Gregoriano. O dia 4 de outubro de 1582 foi seguido diretamente pelo dia 15 de outubro de 1582. Portanto, nenhum fato histórico foi registrado no dia 12 de outubro de 1582 – nem mesmo a Guerra dos Cem Anos que, em realidade, foi uma série de conflitos envolvendo França e Inglaterra, entre os anos de 1337 e 1453. Observem que este movimento bélico sequer ocorreu em território americano, onde os “Pais Peregrinos” – primeiros colonos ingleses que se estabeleceram na América do Norte no século XVII – navegando o Mayflower pelo Atlântico Norte, ao chegar em terra firme, fundaram a Colônia de Plymouth – hoje Massachusetts – Terra de Salém… (Que queimem as suas brujas!). (No creo en brujas, pero que las hay, las hay).
Assim sendo, você já sabe, aquela moça do anel de diamantes – que aqui vou chamar de Nancy – poderia sim até ser descendente de um pilgrim father – um dos fundadores das 13 Colônias que foram os alicerces da sociedade americana contemporânea. Porém, jamais este senhor teria participado da Guerra dos Cem Anos, e tampouco, da Guerra da Cesessão – que teria ocorrido entre 1861 e 1865 entre os Estados do Norte e os Estados do Sul nos Estados Unidos da América. (Eram deveras unidos?).
Ah, sim! Antes que eu me esqueça: – É perfeitamente possível produzir diamantes tendo como matéria prima as cinzas de uma pessoa cremada. Embora o processo de transformação seja complexo porque envolve a separação, refino e cristalização do carbono em uma prensa de HPHT, Hoje, empresas americanas como a EverDear™ que está incorporada em Delaware, EUA – é especializada em pesquisa, produção e vendas de diamantes de cremação de alta qualidade feitos em laboratório HPHT de cinzas – lhe oferece este mimo – a possibilidade de ter um ente querido eternizado em um lindo anel ou colar de diamantes.
Apesar das incongruências históricas de Daniel, valeu a informação. E foi motivo e razão para viajarmos um pouco no tempo e no espaço para nos certificarmos de alguns fatos, e evitar fake news que andam às soltas por ai, mesmo fatos evidentes diante de nossos olhos e ouvidos:
– “A era de ouro dos EUA começa agora”, diz Trump em discurso como novo presidente (John Lucas – Gazeta do Povo. 20 de janeiro de 2025). E eu diria: – se é de ouro – não poderia ser de diamante? Teria o governante a intenção de passar a nação pelo crivo de um cadinho ao forno? Um bom cadinho, numa fornalha ardente… Com, ou sem guerras? Marcando uma era na História da América e do mundo! Não sei, o saberemos num futuro breve… diremos pois: “não sei, só sei que foi assim” (cá do Brasil – João Grilo e Chicó). Weird, eu?
Há quem diga que, com estes fatos, vê profecias se cumprindo por aqui. Se quiser saber mais, consulte o Rodrigo (@rodrigosilva).
Altino, sobre duas rodas, #fui…
I hope see you soon!