Durante muitos anos jovens rondonienses cujos pais tinham condição financeira, ou que conseguissem uma bolsa de estudos com o governo, iam cursar faculdades em outras cidades, maioria para Belém ou Manaus, onde havia representações do Território.
Mas nas férias de final de ano eles retornavam, alguns poucos de avião, a maior parte em navios, e muitos (hoje) avós, talvez até bisavós, lembram como eram essas viagens nos barcos “Augusto Montenegro”, “Lobo d’Almada” etc.
Uma parte ficava em Porto Velho e outra pegava o trem da Madeira-Mamoré para Guajará-Mirim.
Em Porto Velho onde o carnaval, além dos bailes, tinha os grandes desfiles, era comum formarem blocos e sair desfilando, nos blocos e logo surgiria uma rivalidade entre dois deles, os blocos “Da Chuva” e “Do Sol”.
O mais antigo era o “Da Chuva”, mas logo surgiria o contraponto. “Se tem o “Da Chuva” vai ter também o “Do Sol”, e dessa disputa sem ranços, quem ganhou foi o carnaval de rua com aquela “batalha” de paz, onde uma grande atração era o “Bloco da Cobra” (FOTO).