Hoje temos a satisfação de registrar a estreia da jovem poetiza, Kauany Gabrieli ocupando o espaço do Cantinho Literário – uma jovem estudante, de 19 anos e que mora em Rolim de Moura. “É um achado – novo talento da literatura brasileira. Escreve em prosa e versos” afirma o professor Geraldo Gabliel, colaborador da coluna.
Espinhos
Por Kauany Gabrieli
Espinhos cravados te fazem chorar,
A alma cansada começa a sangrar.
O peito fechado não quer solução,
Só esconde a dor em tal solidão.
Esparadrapos são tua escolha a fingir,
Que a ferida se cura, que podes sorrir.
Mas quanto mais tapas, mais ela se abre,
E o sangue da alma te envolve, te invade.
Talvez o alvo algodão te seja estranho,
Um toque suave no meio do pranto:
Acostuma-te à dor, e ao perene disfarce,
Sem notar que o amor pode ser tua face.
Um dia – quem sabe? alguém vai chegar,
Com mãos delicadas, disposto a cuidar.
Trazendo o algodão que é puro e, gentil,
Curando a ferida que te faz tão sutil.
Aceita o futuro, e deixa-te amar!
Permite que a vida comece a mudar.
Pois mesmo na dor há um novo caminho,
Que além do espinho, há flores, e carinho…
Tradução em espanhol e ingles por Geraldo Gabliel:
Espinas del Alma
Kauany Gabrieli
Espinas clavadas te hacen llorar,
El alma herida comienza a sangrar.
El pecho serrado, no quiere razón,
Oculta el dolor, soledad y bastón.
Las tiritas son tu engaño, fingir,
Que la herida se sana, en tu sonreír.
Pero cuanto más ocultas, mas duele,
Pues la sangre del alma al dolor no repele.
Quizás te resulte extraño el algodón,
Un tacto suave em medio del llanto:
Alíate al dolor, y a tu perene disfraz,
Sin darte cuenta, que tu semblante yaz.
Un día – ¿Quién sabe? Un ángel vendrá,
Menudo cuidado, gentil por ti volará:
Trayendo algodón que es puro y suave,
Sanando la herida que te hace tan grave.
¡Acepta el Futuro y déjate amar!
Permita: la vida comienza a cambiar.
Pues aún en el dolor hay nuevo destino
Y más allá de la espina, hay flores Cariño.
Thorns in the Soul
Kauany Gabrieli
Thorns stuck in you made you cry,
The tired soul begins to bleed in the sky.
The sawn chest does not want reason,
Hides the pain, lonelines and pardon.
Band-aids are your choice to pretend,
That the wound is healing with your smile.
But more you cover it, the more is hurts,
Cause the blood of the soul no repel pain.
Maybe the cotton strange to you,
A soft touch in the midst of tears.
Ally yourself with pain and disguise
Without realizing that your face lies.
One day – who knows? An angel’ll come,
Such care, gentleness will fly for you:
Bringing cotton that is pure and soft,
Healing your soul that makes so subtle.
Accept the future and be love yourself!
Lets allow: Life begins to changing.
Because even in pain there is a new path,
And, despite the thorn, are flowers – Darling!